sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Favas de baunilha
Hoje, ao assistir o programa do Jamie Olivier, lembrei da minha infância. Ele preparou uma sobremesa com frutas e calda doce aromatizada com favas de baunilha.
Há muito tempo eu não via favas de baunilha. Minha mãe usava a baunilha para fazer a calda de doces típicos do Pará. Comprávamos a baunilha na farmácia. As favas vinham secas e escuras. Doce de mamão verde, banana, goiaba, carambola, entre outros, ficavam maravilhosamente perfumados.
O Pará produz baunilha. A sua orquídea, a Vanilla, ė típica de regiões quentes e úmidas como a Amazônia. Porém, nos acostumamos a usar a essência artificial, mais fácil de encontrar e mais barata. Hoje, ao lembrar os sabores da minha infância, decidi ir ao Ver-o-Peso em busca dessa especiaria única.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Cuscuçu
O cuscuçu é um cozido que pode ser feito de carne de boi ou de carneiro.
O prato de hoje (foto) eu fiz com carne bovina. Escolhi um peito com pouca gordura. Preparei um cozido com batatas, alho poró, salsão, abóbora e cebolas pequenas. Esse cozido resulta em um caldo saboroso.
Em separado, preparo o grão de bico que será acrescentado ao cozido. Também, faço pequenas almôndegas que vão acompanhar o cuscuz.
Preparo o cuscuz em uma frigideira larga onde coloco azeite, cebola picada, alho e uma pitada de sal. Nesse refogado acrescento o cuscuz de sêmola e misturo até que ele incorpore o refogado. Aos poucos, acrescento a essa mistura parte do caldo do cozido, até o cuscuz ficar leve e solto. Com o fogo desligado abafo o cuscuz por alguns minutos.
Separo a abóbora do cozido, gratino no forno com manteiga, açúcar e canela.
O cozido é servido quente em uma travessa e o cuscuz em separado. Coloca-se sobre o cuscuz os pedaços de abóbora gratinada, as almôndegas, e polvilha-se com açúcar e canela.
O cuscuçu é um prato que mistura doce e salgado como é comum na nossa tradição. Essa mescla também está no sabor da almoronia como você pode observar no post anterior.
domingo, 19 de setembro de 2010
Yon Kippur do ano de 5.771
Almoronia |
Minha primeira incursão no meu blog é para falar sobre o Yon kippur.
Sou sefaradita, brasileira descendente de judeus marroquinos dos lados de pai e mãe. Éramos sete irmãos, hoje cinco. Moro em Belém (PA) - Brasil.
Shaná thová a todos os meus compatriotas.
Este ano passei esse dia sagrado em Brasilia, onde moram dois dos meus quatro filhos. Foi um dia tranquilo. Nossa entrada e saída passamos em familia, na casa do meu irmão, Moisés. Degustamos comidas que só fazemos nessa época. Minha cunhada nos ofereceu o famoso caldo de sustância ao quebrarmos o jejum. Como é usual e tradicional, comemos salada, almoronia e cuscuçu.
Li no blog esefarad, a historia da Almoronia, hoje bastante transmutada. Vejamos, mantemos as bases: pedaços de frango, rodelas de cebolas fritas, rodelas de beringelas fritas, nóz moscada ralada, canela em pó e açúcar. Cozinhamos todos os ingredientes, juntos, e em fogo brando. Em Belém, substituimos o açúcar por melaço de cana.
Na foto aparece a almoronia que preparei para este ano. Em nossas páscoas essas comidas ficam endiamantadas, pois as mães judias as temperam com muito amor.
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